Smetana
Por um instante na vida,
naquele entre a dança e o funeral,
fui mais humano do que deveria.
Mas se não há dor, não há arte.
E arte sem flagelo,
é uma desesperada tentativa,
de ser engolido pelos outros.
Então, guardo minha loucura,
para as minhas horas finais.
Quando o Moldava se arrastar até o mar,
e levar escondido embaixo das águas,
os meus restos de sonhos e minha lucidêz.