Na candidez do jardim
Nuvens densas dos céus alpinos
Abriram-se... e flutuaram...
Partículas se desprenderam,
Em suave queda, indeléveis pelo ar.
Um manto branco desceu.
No jardim, floquinhos atapetaram o chão,
Agarraram-se ao varal e às romãs,
Sufocaram os brotos das tulipas,
Esconderam em seu ventre as flores,
As folhas, os lírios e as maçãs.
Aos galhos se penduraram, esplêndidos,
Nos arames, cepos, em cercas aéreas.
Meninos brincaram na neve, em
Buliçosas travessuras de infância,
Alheios ao enregelante frio.
Anjos cândidos, iluminados, multiplicaram
As doces horas de encantamento.
Nossos olhares surpresos, abençoados,
Enlaçaram-se a tanta beleza...
E, extasiados... a contemplamos.
Um instante de infinito amor
Parou nos jardins do tempo,
Congelando delicados momentos,
Em afinadíssima sinfonia.
Foto: Izabella Pavesi
Janeiro/2009
Nuvens densas dos céus alpinos
Abriram-se... e flutuaram...
Partículas se desprenderam,
Em suave queda, indeléveis pelo ar.
Um manto branco desceu.
No jardim, floquinhos atapetaram o chão,
Agarraram-se ao varal e às romãs,
Sufocaram os brotos das tulipas,
Esconderam em seu ventre as flores,
As folhas, os lírios e as maçãs.
Aos galhos se penduraram, esplêndidos,
Nos arames, cepos, em cercas aéreas.
Meninos brincaram na neve, em
Buliçosas travessuras de infância,
Alheios ao enregelante frio.
Anjos cândidos, iluminados, multiplicaram
As doces horas de encantamento.
Nossos olhares surpresos, abençoados,
Enlaçaram-se a tanta beleza...
E, extasiados... a contemplamos.
Um instante de infinito amor
Parou nos jardins do tempo,
Congelando delicados momentos,
Em afinadíssima sinfonia.
Foto: Izabella Pavesi
Janeiro/2009