DESDOBRAMENTO
DESDOBRAMENTO
Minha poesia dorme,
minha vida se desdobra,
sou a estranha que não conheço
toma meu corpo
me lançando no pecado
que abrigo no meu peito.
Deito e não durmo,
minha chama aquece no escuro,
nessas horas a mulher aflora
me tomando pela vida afora.
Sou a tentação viva
a sensualidade contida,
não procuro amenizar
o que da vida recebo
e não posso dar.
Foges de mim por covardia,
não mais fazes parte dos meus dias,
amei-te mesmo sabendo
que te escondes
do meu amor,
do meu desejo
dos meus beijos.
Pobre de ti...
que não conheces nostalgia
que não me toca nem um dia
que não vai conseguir
ser feliz, por não saberes
que felicidade
não se consegue
num só dia.
Ela é presente
que se ganha
todo dia.
MÁRCIA ROCHA
13/05/2009