A tristeza era feliz comigo

Ah, tristeza, te sinto a léguas de distância

Do meu coração que um dia feliz amou

E num peito que não entende a intolerância

De quem amou e logo depois desamou

Não vês, tristeza, que moras tão ao longe

Que a flor ao vento seu perfume dispersou

Que o tempo hoje já não está pra monge

Que a abstinência não combina com o amor

Então, tristeza, que sejas feliz

Se amor platônico é do teu feitio

Mas se um dia pousares no meu chafariz

Beberemos da água de um encontro tardio

* Poema para a ciranda da Maysa: A Tristeza Mora Longe

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 11/05/2009
Código do texto: T1587842
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