Os Esfarrapados
Os esfarrapados
deambulam no delírio
da noite escura
Num desespero dormem
em caixas de cartão
A fome grassa
na lentidão de dias esquecidos
sem uma migalha
sem uma côdea
arrastados pela miséria
Esquecidos no tempo
têm vergonha de pedir
o óbolo a que teriam direito
Cabisbaixos caminham
na tortura dos dias
Velhos sujos
esquecidos estão
por um desemprego
que os deitou para a rua
na vastidão da cidade
O desespero é louco
e um choro constante
se expande inexoravelmente
como o ladrar de um cão
na vadiagem de uma cidade
O frio penetra-lhes
até aos ossos no desespero
de tempos que passaram felizes
A chuva são golpes de facas
na impiedade num choro de desespero.
Os esfarrapados
deambulam no delírio
da noite escura
Num desespero dormem
em caixas de cartão
A fome grassa
na lentidão de dias esquecidos
sem uma migalha
sem uma côdea
arrastados pela miséria
Esquecidos no tempo
têm vergonha de pedir
o óbolo a que teriam direito
Cabisbaixos caminham
na tortura dos dias
Velhos sujos
esquecidos estão
por um desemprego
que os deitou para a rua
na vastidão da cidade
O desespero é louco
e um choro constante
se expande inexoravelmente
como o ladrar de um cão
na vadiagem de uma cidade
O frio penetra-lhes
até aos ossos no desespero
de tempos que passaram felizes
A chuva são golpes de facas
na impiedade num choro de desespero.