“Vicio de poeta”
O meu vicio horrendo
É a poesia que faço
Sou poeta do contra-censo
E apago no papel o vazio espaço
As vezes me acho abstêmio
Sem vontade de me enveredar pelo caminho
Noutras sou a overdose
E o desalinho
As vezes sorvo em doses pequenas
Goles da minha bebida comum
Noutras não tão amenas
Bebo a palavra de qualquer um
E em todas as maneiras de me embriagar
Nesse meu terrível vicio de poeta
Há uma premissa primeira
Que minha bebedeira será completa
E que jamais a derradeira.
® Varley Farias Rodrigues