NESTE DIA DAS MÃES

Nada tenho para dizer...
Por isso, irei me abster!
O tempo muito passou...
E também me ensinou!
Que para os filhos, nada sou.
Só sabem contestar...
Tudo o que tento alertar!
Num momento criaram asas!
Voaram e de mim, se libertaram...
Sem pedir licença ou avisar!
No abandono me deixaram...
Eu, a mãe que nunca os perdeu de vista!
Dançou...e morreu na pista...
Pela falta de respeito e de carinho!
De tudo o que se trata comigo...
Preferem se impor, negar ou gritar!
Em vez de ouvir e dialogar...
Espero que não venham com surpresas!
Estarei divagando e totalmente alheia...
Se não fui satisfatória no dia a dia!
Para aqueles que a cegueira tardia...
Deles de nada quero!
Sequer um objeto...
Vivo de cada momento!
Construído com sentimento...
Portanto não me rendo!
Aos presentinhos, não me vendo...
Por isso, em dizer, eu insisto!
Cansei de escutar que não existo!...

Este texto não merece imagem.
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 10/05/2009
Reeditado em 12/05/2009
Código do texto: T1585675
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