TARAS DE UM AMOR
Vontade de chegar em casa e encontrá-la
na espera do meu amor...
Mas hoje procurei pelo teu beijo,
tomo um banho e não te vejo.
Enrolo-me na toalha, e no lindo jarro da sala,
coloco um buquê de flor.
Que darei à flor mais bela, uma cinderela,
que me enche de desejo.
Vou à sacada, pensando em minha amada,
bastante entusiasmado...
Sinto na face a brisa fresca suave de um anoitecer,
vinda da rua.
Vislumbro teu corpo iluminado, prateado,
sobre o tapete aveludado,
Mas não pensei que estivesse despida,
nua e crua, sob a luz da lua...
Oi amor! é o som dos teus lábios,
com um sorriso no rosto,
Eu com vontade de roçar-me na pele
do teu corpo exposto ao vento
Debruçada no tapete, sob as mãos,
ergue te com gosto
Mordendo uva em cacho, num instinto de macho,
me aproximo lento.
Entre uvas e beijos, alguns relampejos,
de meu raciocínio anestesiado,
Como a abelha, vou de mansinho,
pouco a pouco dançando sobre o mel
Tentando apanhar tua flor, com amor,
cobrindo-a completamente, extasiado,
Travando uma batalha perdida,
perdendo a partida, sendo ninado no céu.
Teu corpo pulsa quente, me dou completamente,
na explosão de teu cio.
Cavalgando destemido, sendo absorvido,
no clímax deste estupor.
Sugado pra dentro de ti, choras e ri,
transbordando de mim, teu vazio,
Numa ardência em contração, com minha rendição,
ofertei-te meu amor.
Escola do poeta/RJ - 13/09/2008
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