Vivo nos arrabaldes do mundo
Onde a ternura e a miséria caminham de mãos dadas
Nos olhos sem esperanças dos pobres

Tenho comigo seus sonhos vadios
Perambulo com eles
Pelas ruas do meu coração
Nas manhas austeras e frias

As ruas do meu coração são quentes
E cheias de solidariedade
Nelas todos são felizes
Seus bares ainda estão cheios de putas bonitas
E malandros que tocam violão  e compõem
Canções de amor

Nas ruas do meu coração as casas pequeninas
Fumegam nesta hora, no fogão simples
O café quente
Cujos aromas invadem minha alma
E me convidam para recomeçar!
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 09/05/2009
Reeditado em 02/03/2013
Código do texto: T1583991
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