A pequena morte.
A Simone.
Sirvo o meu desejo manifesto
Na alma do teu azul infinito;
E brilhas altiva, se me contesto
Na agonia aflita quando grito.
É a causa perdida deste gesto
Posta na intensidade do conflito
Contida na flor do meu protesto
Ardendo na angústia que omito...
É o seu gozo baldio, assim sem nexo
Sorvido na volúpia do arrepio
Que aflora na rosa púrpura do sexo
Sedutora como a mãe dos precipícios
Convertido ao ardor, então confesso,
Imerso na vazão dos nossos vícios.