Rei morto...

Nossa! Que disparate!

Que pura falta de caráter

Que falta de imaginação!

Buscar os prazeres perdidos

Nos restos dos excluídos

Pra aliviar o seu tezão!

E a minha vida que corre solta

Saltou pela tangente

Num gesto de indignação!

Procuro seu senso nato

Na crítica da razão aparente

Para não ser menos descente

Que a sua falta de aparato!

Meus domínios sou eu mesma

Talvez um tanto abismada

Com toda essa patacoada

Com esse caminhar a esmo!

Mas vou seguindo adiante

Pouca coisa me detém.

Você é apenas um candidato

Ao trono que não lhe convém!