Ápices & Inomináveis!

Bandeira baixa, movimentos mais tranqüilos,

Alguns olhares procuram outras distrações

Canecas vazias espalhadas pela rústica madeira

Na mesa apenas sobras daquilo que foi um jantar

Lua intrigada com os meneios da cabeça

Passos pesados arrastam o corpo para fora

Os sons da taverna mais distantes agora

Alguns risos soltos pelas vielas, outros chamarizes,

Esquinas depois, no alto da sacada uma luz,

Sombreia o quarto acortinado, que a hora espera...

Na escada lateral, a porta já destrancada,

Aquele corpo desliza acertando os próximos momentos,

Porta adentro, o roto pirata quer um banho,

Larga pelo chão tudo o que veste, ah! Que boa água...

Aromas mais suaves entre a espuma & os sais,

Uma garrafa sorvida em ótima temperatura,

Mãos deslizando lavam sua alma mais imunda,

Relaxante, doces & uvas se misturam ao tabaco,

Que ao sabor achocolatado, permeia o recinto,

Água limpa para refrescar toda a carcaça,

Um sorriso endiabrado cobrindo as faces,

Lavado, refeito & um grande teso,

Toda uma noite para por em dia...

Toca seu corpo cálido e seminua com calma,

Tira os primeiros gozos com tantas carícias

Antes mesmo de tomar toda a alcova preparada

Ainda recuperando o fôlego, você pede mais,

Alguns passos até o quarto, uma parada...

E você sente a força das primeiras estocadas

Um novo gozo não demora a surgir, risos...

A brisa enfuna as cortinas, a Lua está tímida,

Um sorriso maroto espera & pede mais beijos,

Os seios rijos deliram com minha voraz boca,

Sua boca vasculha com volúpia o meu teso,

Enquanto descubro novas formas de gozo em suas entranhas,

Minha língua fustiga seu enfeitiçado ventre

Meus dedos percorrem todas suas frestas

Um gozo múltiplo explode em seu corpo

Que arrebata todas suas forças, risos...

Você se contorce com frêmitos seguidos

E busca fundo um novo fôlego,

Viro-te de lado, e te cubro pelas ancas,

Devagar até que os corpos, em novo gozo,

Soltam-se extenuados, lado a lado,

Mais uma badalada algumas esquinas abaixo,

A brisa ainda irá balançar as cortinas

Por muito tempo, antes que o dia comece...

E o velho pirata retorne para sua nau escura...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/05/2006
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