POBRE TOM...
Como o Tom O’Bedlam de Rei Lear eu quis viver,
E imaginei a Vida além
Um passeio de mendigos ser.
Flamas e potes de prata
Corcéis e vindimas,
Ter por tumba o sono na mata
E Calipso e Eco por íntimas.
Morri, mas, talvez, sonhando
E o alento dos ramos
E dos álamos conheci.
Nunca te perdi,
Doce, estranha senhora,
Amiga, Morte, rainha
De distantes ilhas,
Deusa de outonais altares
E indiferentes olhares...