POBRE TOM...

Como o Tom O’Bedlam de Rei Lear eu quis viver,

E imaginei a Vida além

Um passeio de mendigos ser.

Flamas e potes de prata

Corcéis e vindimas,

Ter por tumba o sono na mata

E Calipso e Eco por íntimas.

Morri, mas, talvez, sonhando

E o alento dos ramos

E dos álamos conheci.

Nunca te perdi,

Doce, estranha senhora,

Amiga, Morte, rainha

De distantes ilhas,

Deusa de outonais altares

E indiferentes olhares...

Filicio Albara
Enviado por Filicio Albara em 07/05/2009
Código do texto: T1580284
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