Canto das horas

Na noite os escombros pulam seres dementes do obscuro

Infâmia vida noturna de texturas enrugadas

No solo dessa estrada compõe se a madrugada

No sereno de uma noitada tão débil

Solta o grito de alerta matam e maltratam

Corri solto o véu e a faca

Esconde-se o sangue da madrugada

Meu pensar e meu pesar

Estão longe de se findar

Corri os montes e as estradas

Soluço do forte e o choro do fraco

Esconde-se o riso o gatilho

Cospe o escárnio

Bebe se o vinho

Ô!Suspiro febris de altas horas temor me invadi é bem assim que

Que a morte chega em silencio sujo e rasteira

Come se o tempo e as horas são cinza mortas

Veja o filho amado e dar um beijo acaba com o desejo

Ensejo!

Ô!Prostituta das horas nefastas e obscenas

Cumpri o ritual de la hora!

Vi dez ao teu lado sem amor, sem pecado

Só em troca de um trocado

Beijastes as mãos nuas teu corpo pálido

Cuidaste do teu beijo sem nenhum pecado

Edson Carrias
Enviado por Edson Carrias em 06/05/2009
Reeditado em 06/05/2009
Código do texto: T1579910
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