Canto das horas
Na noite os escombros pulam seres dementes do obscuro
Infâmia vida noturna de texturas enrugadas
No solo dessa estrada compõe se a madrugada
No sereno de uma noitada tão débil
Solta o grito de alerta matam e maltratam
Corri solto o véu e a faca
Esconde-se o sangue da madrugada
Meu pensar e meu pesar
Estão longe de se findar
Corri os montes e as estradas
Soluço do forte e o choro do fraco
Esconde-se o riso o gatilho
Cospe o escárnio
Bebe se o vinho
Ô!Suspiro febris de altas horas temor me invadi é bem assim que
Que a morte chega em silencio sujo e rasteira
Come se o tempo e as horas são cinza mortas
Veja o filho amado e dar um beijo acaba com o desejo
Ensejo!
Ô!Prostituta das horas nefastas e obscenas
Cumpri o ritual de la hora!
Vi dez ao teu lado sem amor, sem pecado
Só em troca de um trocado
Beijastes as mãos nuas teu corpo pálido
Cuidaste do teu beijo sem nenhum pecado