Ira*
Cão desalmado, triste e sozinho serás
Satanás!
Que minha alma quis buscar
Quis a mim condenar a dias vazios...
Sem paz!
Mas teu rabo de cão
Vi, do dorso, o esporão
Que escondera por traz do doce sorriso!!!
Não me traga nada a mais, nem tua presença
Nem o prejuízo
De morrer de amores em teus braços
Dourado-pardo varão!!!
Vá infeliz!
Me esqueça pra sempre!!!
Te esquecerei como um arroto que despreso ao simples vento!
Nem tua alma será pra mim motivo de alento!
Que queime no inferno!
Nunca sejas feliz!
Não quis amor, de certo, não gostas...
Não quis carinho nem tiveste compaixão!
Morra de saudades minhas...
Seja um eterno covarde que foge do coração!!!
Depois de morto não me atormentes...
Tenha inveja da minha vida doce e contente...
Virarei as costas pra ti, burro, seco, indolente!!!
Não terei pena...Serei como tens sido...
Não infeliz, mas cruel e algoz de quem te ama.
Nunca terás prazer com nenhuma parceira na cama.
Somente meu corpo lembrarás.
E como uma praga que te jogo...
Viverás eternamente na esperança de me ter
E eu, que, por ora te amo, te esquecerei com o tempo...
E não te beijarei, nem contigo compartilharei
Dos prazeres da volúpia nunca mais!!!
(você me perdeu)