Poesia Juvenil
“Secrom” - diz um homem;
A profecia se anuncia.
Com suas garras selvagens,
os Anjos Caídos
procuram os marcados por Caim.
Os filhos da rebeldia;
arquitetos de todo o sonho.
Sedentos de Novo,
são feras arredias
que dilaceram as elites
e alimentam a fome de saber.
Vão de cara no muro
da mentira, repressão e televisão.
Se atacam e o muro
atacam; e caem; e se levantam.
Filhos bons
da herança vil.
Da inverdade que se canta
e do conto que se conta.
Mas é necessário crer
e preciso ver.
O queijo nos oferecem
na sexta básica e assistencialista.
A faca são as marolas
que agitam nossos tsunamis.
A paz e o amor,
que em nós vive,
se fundem
e se confundem,
mas são completa
e sã resposta.
Invadamos o hímen
impenetrante desta vagina fétida,
que teima em expelir
o que devemos beber.
Com seus lábios,
dizendo-nos o que ser,
o que fazer.
E com vulva, clitóris e suores,
nos alimenta fugaz desejo,
nos dando o que comer.
Ao penetrarmos, então,
ejacularemos o sêmen do Novo,
de sonhos, lutas e liberdade.
Em seu ventre
se dará a vida nova.
O consenso, o acordo,
o perdão, a irmandade.
Dará feto,
ser pulsante.
Dará a nós mesmos,
depois do banho;
de cara limpa.
De novo ao caminho.