AO VER UM IRMÃOEM UM PEJO
Brincava de amor nos meus intentos.
Na quadrilha de julho eu te via faceira.
Balouçavas peneira fingindo uma aldeã.
Eu lá dentro da sala eu fitava ao divã
Meu irmão namorando qualquer forasteira.
Aprendia com eles o meu primeiro beijo.
Era um doce desejo, uma cousa infinita...
Eu olhava, olhava os dois amantes ao pejo,
Mas eu não entendia essa coisa bonita.
Ao ver-te na rua eu lembrava do pejo,
Eu sonhava com o beijo, o primeiro em fim...
E eu ficava ali massacrando os desejos...
E quando olhava teus olhos dizias-me assim:
Lembras daquela cena? E se uma cousa eu vejo
Parecido com aquela, dá um troço em mim.