Liberdade.

Numa manha eu acorrentado,

Acordo com o brilho do sol

Ardendo em meu rosto,

Ainda molhado pelo meu pranto.

Alegro-me em ver

Mais um dia lindo,

Que surge no horizonte radiante.

Mas entristeço-me com a realidade em que vivo.

Na saudade de tudo

Que deixei contra minha vontade.

Meu desejo seria, em estar

Na terra onde cresci,

Pobre mas com amor,

Da terra onde fui tirado brutalmente,

Transportado como animal,

Surrado, dominado por inteiro.

Sem direito até de falar,

Sobre minhas angustias.

Tudo que falo

São palavras ditas severamente,

Temendo o chicote

Deles que pensam ser superiores.

Mas guardo dentro de mim

A esperança de dias melhores

Mantendo assim o desejo

Da liberdade que ainda tardia.

Meu corpo está fraco

De tanto sofrimento.

Caio ao solo

Escuto uma voz dizendo:

--- Acalma-te meu filho,

Sua liberdade está próxima.

Levanta-te não guarde para si sua desventura,

Que a liberdade

Está dentro de cada um de nós.

Dalmo 11 de setembro de 1997.

DALMO SOUSA
Enviado por DALMO SOUSA em 04/05/2009
Código do texto: T1575865
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