PAZ PERDIDA

PAZ PERDIDA

Fui em busca da paz do céu, aqui na terra.

Encontrei miséria, fome e desespero.

Deparei-me com vingança e com a guerra

e não encontrei o menor espaço para o amor.

Quimeras, me disseram, quando indaguei da esperança.

Desejo vão, o seu, de encontrar a paz.

Não se sabe se, nem mesmo, ela existe,

Outros me falaram.

Isso me deixou triste, mas não desanimei.

Como um Dom Quixote empunhei a minha lança,

e o entusiasmo voltou ao coração.

Se mais alguém, se outro Sancho Pança,

se juntar a mim, juntos, chamaremos mais gente.

O grupo pequeno pode ser engrossado

pelos descontentes, desgastados, decepcionados.

Empreenderemos uma cruzada do bem,

pondo fim à dissolução dos costumes.

Vamos à luta desarmada contra a desilusão,

a indolência, a desonestidade e a corrupção.

Quando todos os inimigos forem banidos,

os degredados tiverem retornado,

o povo feliz, em torno do amor, for reunido,

encontraremos, nesse meio,

a paz e o sossego que foi perdido

Gilda Porto
Enviado por Gilda Porto em 04/05/2009
Código do texto: T1575300
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