Balada noturna

Me vejo aqui,

Sentado e sonolento,

Com os nervos arrefecidos,

Pelo cigarro e pelo vinho.

Olhando a xícara de café(fria),

Olhando a tv, vazia,

E olhando meu cachorro,

Indiferente.

Vejo muita, muita coisa.

Não enchergo nada.

Nada que me obrigue a tornar essa poesia,

Algo melhor que a repetição,

de motivos recorrentes.

A xícara, o cigarro, o torpor...

Noites foram feitas pra isso.

Para o esquecimento.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/05/2006
Código do texto: T157432