“INOCÊNCIA PERDIDA”

Você que venda minha visão,

Aos meus passos diz: Não vão!

Ata minhas mãos,

Aos meus desejos fala: Não!

Sorrir do meu pranto,

Cala o meu canto,

Nega o meu santo...

Careço de acalanto

E, sangra o meu coração...

Tenho a alma nua,

A matéria crua,

A esperança de mim recua.

Quem sou? Pergunta sua?

Sou resquício de pó,

Digna de dó.

Sou só

Uma criança só

Na rua.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 03/05/2009
Código do texto: T1573850
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