OBRIGADO, AMIGO.

Quero agradecer por ter cruzado o meu caminho,

como algo que não pediu licença, nem marcou hora,

e foi, camada por camada, destravando meus becos,

como se soubesse da antemão o roteiro,

como se tivesse de antemão o desígnio.

Quero agradecer por ter olhado para mim e ter me enxergado,

por ter destravado portas que outrora estariam lacradas, e até distantes,

e ter mostrado que o justo, o certo e o limpo são possíveis,

são tangíveis, palpáveis e, sobretudo, traduzem a linha mestra desse caminho.

Quero agradecer por estarmos juntos neste momento,

estréia única na minha vida,

e que está emergindo com vigor único,

coisa que sempre fez parte dos meus sonhos,

e só agora está mostrando a sua verdadeira alma, a sua mais robusta face.

Quero agradecer por tudo o que ainda teremos pela frente,

pelas arestas que iremos decepar,

pelas chagas que iremos ninar,

pelas saideiras que iremos tomar,

pelos atalhos que iremos flagrar,

pelas ciladas que iremos desarmar,

pelos tombos que iremos gargalhar,

pelos confrontos que iremos experimentar,

por todas as carcaças que iremos jogar pra longe,

pra muito longe.

E, por certo, por todos maravilhosos frutos que iremos saborear juntos nesta coisa maluca que chamamos de vida.

Esse texto é dedicado e inspirado num colega de trabalho muito especial, Gustavo.