Palavras de mim
Tiraram palavras de minha boca
Quando quis dizer que te amo,
Ao menos respiro a fumaça do cigarro dos boêmios
Alguma escrita num pedaço de guardanapo,
Caneta falhando
Papel se molhando em traços de gasolina
Rasgando a sina na porta do bar.
Quem sou eu na cavalgada de versos itinerários?
Que selei paisagens Recife e sinal de pele,
Em obras interditadas pela opressão.
O tempo desembaraça e nomeia a madrugada.
Lembranças agora são bocejos das dezenove horas.
O importa está fora da porta,
Qui-meras palavras te causam fantasia?
Admiro os pássaros,
E um pouco de vodka pra sarar feridas da língua.