Palavras de mim

Tiraram palavras de minha boca

Quando quis dizer que te amo,

Ao menos respiro a fumaça do cigarro dos boêmios

Alguma escrita num pedaço de guardanapo,

Caneta falhando

Papel se molhando em traços de gasolina

Rasgando a sina na porta do bar.

Quem sou eu na cavalgada de versos itinerários?

Que selei paisagens Recife e sinal de pele,

Em obras interditadas pela opressão.

O tempo desembaraça e nomeia a madrugada.

Lembranças agora são bocejos das dezenove horas.

O importa está fora da porta,

Qui-meras palavras te causam fantasia?

Admiro os pássaros,

E um pouco de vodka pra sarar feridas da língua.

Sidcley Barbalho Junior
Enviado por Sidcley Barbalho Junior em 02/05/2009
Reeditado em 02/04/2012
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