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ilustração Sir Francis Dicksee

LUA NUA
Carmen Fossari

Ao sol que caia vagarosamente
Esgueirei espiando ,
Para espanto teu-
Alguns passos que
avançavam em jogar a saia da tarde
ao vento, nas nuvens.
Coloridas de laranja cor,
almíscar perfume.
Riscados de nuvens,
Um xale aos ombros,
Da abóbada celestial
Abraçava o ocaso.
Os pés da noite avistamos,
Seguido de escuridão e nas mãos um
Balaio repleto de estrelas.
Passou por uma fresta e adentrou
Pendurou a noite em cordão de prata
Uma a uma as estrelas no varal.
Guardadas as tintas do dia no armário
Rodou suas redondas saias, sobre saias
E saiu girando a galopar ao encontro de Centauro
Só teus olhos deste amor que tudo vemos
Ainda brilharam e tocaram na borda da lua nua
Jorrando estrelas,espirrando os pirilampos
Da floresta cósmica que em sonharmos habitamos.


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