MODERNIDADE INSOLÚVEL
“Corpo sadio
Singular vadio,
Espalha-se pelo mundo
Encontrando-se nas íntimas verdades”
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A modernidade se fez
Sobre o antigo e feio
Circulo no novo mundo outra vez
Porque sou produto do meio.
Sou tudo ou nada
Sou o que quero ser agora
Vilã, vilão, herói, heroína escrachada,
E rio na cara dos hipócritas de hoje ou outrora.
Não sou volúvel
Não preciso de máscaras pra me ocultar
Sou química insolúvel
Voz pra quem quiser escutar.
A minha liberdade é irrefutável
Caminho em todas as direções,
O meu chão é porto seguro intocável,
Que faz vibrar e pulsar os corações.
Há sempre uma mão a me acarinhar, acariciar
Acompanha-me diuturnamente um rosto com riso de encantamento terno,
E bocas distintas gritam no ar:
Tu és do tempo um poeta!! Simplesmente poeta ... Moderno?
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“Não te preocupes como vai chegar
Antes cuide pra não parar no tempo....”
Andrade Jorge
30/04/2009
Poesia participante da Contenda Literária de Arlete Castro (Portugal)