SENTIDOS
Aos acordes da sinfonia do vento,
Em ritmo suave de brisa ao entardecer,
Eis que de repente meu tresloucado coração,
Descompassadamente acelerou suas batidas,
Como se uma orquestra em altos tons,
Desse um concerto dentro do meu eu.
Seria apenas uma sensação?
Ou uma visão dos sonhos de liberdade,
De anseios tão acalentados,
Refletidos por tanto tempo no espelho da minha imaginação?
Meus olhos se voltaram para o infinito,
Tentando visualizar
A tênue linha que separa a realidade do sonho...
Realidade muitas vezes cruel,
Mas necessária ao aprimoramento dos sentidos,
Que por inúmeros instantes nos parecem quase palpáveis.
E ao nos enveredarmos por esses labirintos de emoções,
Temos a nítida impressão
De que nossas mãos quase tocam a esperança do vir a ser,
Desnudando as cores da paixão
Que se transformam quase como magia,
Em aromas sutis e indeléveis,
Permitindo que se sinta a docilidade do mel,
Ao experimentarmos
Com a sofreguidão de um sedento,
O sabor do amor e da paz.
22.06.2005
Vitória-ES