Vagando a noite nas ruas do Centro
Sinto-me só e seco por dentroAstros no Céu. No chão, olhos de rato.
Piso no concreto vendo o abstrato.
Percorro os tortos caminhos delgados
Cruzo sem dó com muitos flagelados
Cismo em buscar tua presença ausente.
Piso no passado vendo o presente.
E no silêncio frio, entorpecente,
Percebo a realidade iminente,
Raios de luz brincando docemente.
Mergulho em uma ruela afluente
E movido por um badalo envolvente
Vislumbro a Candelária, Sol nascente.