balança
a minha floresta é densa
escura como a noite mais profunda
um silêncio eleito que se afunda
na garganta ávida por um grito
o meu mundo é cruel porque me mata
e a minha eternidade fica suspensa
nos ramos raquíticos
será que caí? será que não?
é esta a minha espera ansiosa
este balançar entre o ir e o ficar