A Flor e a Morte
A flor e a morte
A flor chora sua missão
Enfeitar a morte
Perfumar o caixão
O que se vai
O que já não é
O que não a pode alegrar
A rosa chora seu lamento
Não pode a vida embelezar?
Mas como que em sonho
Ver em leve sopro se transformar
Não é sinal de morte
É vida nova a renascer
Sonho de Deus a se encontrar com ele nos ares
E morada celestial
A rosa amarela pálida e nua
Em pétalas se desnuda do ritual
E vê que o que se é pode ser em vida ou morte,
O que precisa é saber olhar
Rosa que era tristeza
Tornou-se vida noutro lugar
Paraíso adornado de flores belas
Que o jardineiro plantou pra lhe acompanhar
E a flor solista e triste
Sorrir ao ver os seus se aproximar
Paula Belmino
Paulabelmino.blogspot.com