uma brisa de alegria

caminho em vielas escuras onde me assusto com a minha sombra

vomito mentiras ansiosa pela mais crua verdade

cerro-me na minha concha cravada de silêncio

e aí procuro dormir atormentada pela insónia

as formas das minhas pernas desapareceram

com a magreza desumana em que me converti

oh, míseros caminhos da tortura que cheiram o sangue

à distância e me devoram as entranhas

deixai-me seguir o meu instinto

deixai-me sentir uma brisa de alegria

lunapensativa
Enviado por lunapensativa em 08/05/2005
Código do texto: T15670