uma brisa de alegria
caminho em vielas escuras onde me assusto com a minha sombra
vomito mentiras ansiosa pela mais crua verdade
cerro-me na minha concha cravada de silêncio
e aí procuro dormir atormentada pela insónia
as formas das minhas pernas desapareceram
com a magreza desumana em que me converti
oh, míseros caminhos da tortura que cheiram o sangue
à distância e me devoram as entranhas
deixai-me seguir o meu instinto
deixai-me sentir uma brisa de alegria