Apenas uma Gripe

Breve prefácio: Este poema é um dos que pertencem a uma classe poética que não é reconhecida pela literatura brasileira (ao menos por enquanto), pois foi criada por mim. O chamado 'Neo-Soneto'. Trata-se de um soneto comum, mas não necessariamente feito com redondilhas maiores ou menores; metrificado; com um verso além dos 14 originais do soneto clássico; a função do verso adicional é complementar todo o soneto, a chave do soneto, reverter todo o soneto por meio de uma ironia, etc. A maior característica do Neo-Soneto é seu último verso entre colchetes.

Sem mais, o autor.

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Não ignore meu peito carregado,

Nem essa coriza irritante...

Meu rosto, abatido e avermelhado,

Nem minha dor-de-cabeça gritante.

Hoje eu quero, apenas, ficar deitado...

Me dê uma aspirina e fique ao meu lado,

Peço que me tires do corpo essa dor,

Não diga palavras bonitas, amor!

Demonstre que se importa de verdade!

Não me diga que é apenas amizade

Não fique comigo por piedade!

Afinal, é só uma gripe e vai passar.

Preciso, apenas, um pouco repousar.

Estarei melhor amanhã, 'cê vai ver!

[Mas fique comigo até eu adormecer]

William G. Sampaio [13/8/07]

William G Gardel
Enviado por William G Gardel em 29/04/2009
Código do texto: T1566963
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