Um sábado

Hoje mais que nunca

Não quero tortos caminhos

Tenho medo desta cidade intrigante...

Hoje estou sem graça

Não quero a lua

Não quero a força

Que me impele para frente...

Hoje sou escombros

Estilhaços

Matéria gasta pelo tempo...

Neste dia frio

Meu corpo está cansado..

Prefere ficar só...

Recuso a noite

Não me entendo

Na boêmia...

Mas ainda sinto em meu ser

Vivos todos os sinais da rebeldia...

Hoje sábado

Sigo sem partido..

Sigo minha sina

Que deram em menina...

Hoje sábado chove

E não mais me comove..

Algo indefinível

Me absorve as energias...

Será que estou gripada?