Procurando entender.
A lua reflete
Na taça de vinho
A cena se repete
Eu estou sozinho.
A varanda ela invade
De forma atrevida
E com ela a saudade
Toda desinibida.
Mostrando um passado
Que eu não pedi
Me deixa calado
Porque não entendi.
Somente uma caneta
Me faz compania
E o silencio espreita
A singela poesia.
Que fala de tudo
Ou talvez de nada
E amplia um estudo
Sobre a madrugada.
Procurando entender
A suave magia dela
Que me faz escrever
E assediar a lua tão bela.
Que olhou para mim
Por toda a noite
E agora chega ao fim
E leva embora o açoite.
E assim é a vida
Desse trovador
Tristeza escondida
E nada de dor.