Jardim Secreto
Olha o jardim...
Ramos galhudos, sem viço.
Flores amarelecidas,
sem néctar, sozinha sem seu beija flor.
Um fruto somente, talvez dará para semente...
Deverá ser colhido, guardado e quem sabe plantado
num tempo certo em terreno fértil.
Pequenos brotos, se mostram apesar das pragas
lhe sugarem a clorofila... Doce esperança.
Ao chão folhas secas que o vento faz rolar,
embolam-se, esfarelam viram adubos...
De troncos retorcidos, se esquivando da sombra,
arvorezinhas em busca da luz, pobre natura, sobrevive.
Alguns galhos sem vida, acolhendo ninhos
abandonados, fazem lembrar cantos canoros,
melodias pra despertar o amanhã que não se cansa de chegar.
Raízes estão a mostra pelas correntes de chuvas
que levaram a terra deixando-as descalças
e vulneráveis ao tempo e as tempestades.
É outono, logo será inverno... E dele, o jardim, o que será?