Manhãs de Outono

Ah... Essas claras manhãs do outono!

Manhãs que ensejam esperanças,

Tardes feitas de silêncios viajantes,

E noites de braços aconchegantes.

É assim que desdobro cuidadosa,

Os lençóis do tempo,

Brancos - cheirosos havidos,

Passados e limpos;

Passados limpos,

Passados a limpo.

Refazimento do ninho,

Recobrimento do coração desnudo,

Pronto para acolher no calor da coberta

O frio invernal que se avizinha;

Gélido e gris.

Tempo-ser, tempo-haver...

Tempo das iluminuras escritas na alma,

De um tempo que não volta mais!

O devir não é o tempo quem dirá,

Serão as minhas escolhas.

Paula
Enviado por Paula em 28/04/2009
Código do texto: T1564390
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