OCEANO
carmenluciafossari
Que os braços
Alcançariam tocar
De mãos espalmadas
As costas do mundo.
Que os pés entrando nas areias
Voltearam os continentes
Feito raízes aquáticas.
Que submergidos no oceano de
Mar, cavalos marinhos
Galoparam estrelas d água.
Que tormentas derramaram
Líquidas palavras
E, me protegi na sombrinha
Armada contra o vento.
Que minhas mãos dançaram no vento
E, ela voou das mãos deixando-me
De lavado banho da intensa chuva.
Que meus olhos perceberam
Outras sombras, caindo com a chuva.
Que quis ser eu ela
A sombrinha que fugiu de seu destino
Protetor, libertou-se para ser um pedaço e outro pedaço de não mais ser.
Que me quisera, o mundo alcançar
Inda que em pedaços, repartidos
Ser da metade outro pedaço.
E, aos ventos seguir tua errante alma
Pontuando aos continentes dos quereres
Caminhando, entre águas que volteiam
Teu corpo margem, de homem que ao destino
Dispensou a bússola, para não repetir as geografias
E, em cartas geográficas delimitou
O ilimitado sentimento de me amar.
E ao ler o caminho ali traçado, quis eu
A viagem prosseguir, não quis o virtuosismo
Dos mitos, nunca acreditei em idolatrias
Ias tu a navegares nos aplausos
Outro dia e só eles nortearam tua viagem
Um dia, o meu ser
Foi ancorar, em outro porto
Quando não mais querendo ser eu mesma
Sob a chuva, as palavras dançaram
O mais belo gesto, do que li
Palavras poemas tão intensas
E, ali, restaurei-me
Em costuras e bordados
Dos pedaços que ao vento me levaram
Lado a lado, compus meu novo ser.
E já era eu de novo,
E teu abraço em meu corpo teu
Beijou o novo dia amanhecendo
Que amanhã será o
Amanhecer
carmenluciafossari
Que os braços
Alcançariam tocar
De mãos espalmadas
As costas do mundo.
Que os pés entrando nas areias
Voltearam os continentes
Feito raízes aquáticas.
Que submergidos no oceano de
Mar, cavalos marinhos
Galoparam estrelas d água.
Que tormentas derramaram
Líquidas palavras
E, me protegi na sombrinha
Armada contra o vento.
Que minhas mãos dançaram no vento
E, ela voou das mãos deixando-me
De lavado banho da intensa chuva.
Que meus olhos perceberam
Outras sombras, caindo com a chuva.
Que quis ser eu ela
A sombrinha que fugiu de seu destino
Protetor, libertou-se para ser um pedaço e outro pedaço de não mais ser.
Que me quisera, o mundo alcançar
Inda que em pedaços, repartidos
Ser da metade outro pedaço.
E, aos ventos seguir tua errante alma
Pontuando aos continentes dos quereres
Caminhando, entre águas que volteiam
Teu corpo margem, de homem que ao destino
Dispensou a bússola, para não repetir as geografias
E, em cartas geográficas delimitou
O ilimitado sentimento de me amar.
E ao ler o caminho ali traçado, quis eu
A viagem prosseguir, não quis o virtuosismo
Dos mitos, nunca acreditei em idolatrias
Ias tu a navegares nos aplausos
Outro dia e só eles nortearam tua viagem
Um dia, o meu ser
Foi ancorar, em outro porto
Quando não mais querendo ser eu mesma
Sob a chuva, as palavras dançaram
O mais belo gesto, do que li
Palavras poemas tão intensas
E, ali, restaurei-me
Em costuras e bordados
Dos pedaços que ao vento me levaram
Lado a lado, compus meu novo ser.
E já era eu de novo,
E teu abraço em meu corpo teu
Beijou o novo dia amanhecendo
Que amanhã será o
Amanhecer