FUGA
FUGA
Corria veloz rumo ao nada,
Estava assustado, e como corria.
Desce o morro, pega a trilha da linha,
Para onde corria? Não sabia.
Sabia das coisas e por isto.
Fugia de alguém que o reprimia.
veloz como corcel solto na campa,
enquanto o vento em seus ouvidos zumbia.
Passa em frente a uma capela.
Sem tempo para orações à virgem Maria.
Fugidio, errante corria a trote pesado,
Tinha certeza que não voltaria.
Não houve adeus ou aperto de mão.
Apenas o tempo para aquela correria.
Pois corria de tudo que lhe era avesso,
De um lugar onde amigos não teria.
E corria, sempre adiante, como corria,
Deixando para traz uma vida que morria.
Seria lá na frente rumo ao desconhecido,
Que uma outra vida ele tentaria.