Desconstrução

Defenestro partituras na alma azul

Levando o corpo no auge da madeira,

Um cedro turco e vil que alarga

O quão extensa a imensidão é...

Rasgar papeis e destruir compassos

Arrastando claves e notas e tons

Apenas, para jogar-se de um precipício

Chamado Re-Ve-La-Ção,

Ouço sons qu'eu finjo não ignorar

Sabendo o quão a tolice é alta

E quanto a futilidade da vida se dá

Aos dedos que estrangulam o instrumento;

Com agudas notas perfuro o grave

Com todo o descuido que sempre tive,

Apenas tropeçando nas escalas

Que eu fiz questão de ignorar e não aprender.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 26/04/2009
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T1560267