Nau perdida
Lá vai a nau pelos mares da agonia
Sem saber qual porto lhe espera
Nem lembranças do amor de outro dia
Tão pouco horizontes sonhos de quimera
Assim cumpre rasgada e desditosa sina
Candeeiros sem lume, cinzas inúteis
Desdenhoso destino arrastai suas lágrimas
Penitentes criminosos de histórias fúteis
Um estranho exílio vos perpetua
Dos cemitérios sem doce mistério
Tal qual uma noite de céu sem lua
Réquiens, inclemência, cai o império