POEMINHA DESACOMPANHADO
mulher, sê do teu homem,
homem, sê da tua mulher,
sede juntos, por inteiro,
pois ninguém é feliz mal se permitindo
ser apenas a metade da metade
[e, por mais serôdio que seja viver como no antigamente]
entreguem-se sem temer repartir a cabal felicidade
hoje suficiente aos egoístas,
e dêem-se sem susto algum de perder, da cama, algum espaço,
pois ninguém é completamente homem – ou mulher –
quando sozinhos!