SORTILÉGIO À CHUVA
Chove...
Choro
e misturo
corpo e lágrimas,
em simbiose lasciva,
na chuva de que me visto...
Chove...
Curvo-me
e impregno
a unção de seiva pura
do manto que me dilui
em carícias coleantes...
Chove...
Verto-me
e escorro
as tintas de que sou feita,
em dolências de nuances
d' aguarela em tons de pele...
Chove...
Rendo-me
e dou-me
à liquidez da vontade,
que te oferto, ninfa emersa,
em sortilégio sagrado...
Chove...
Choro
e misturo
corpo e lágrimas,
em simbiose lasciva,
na chuva de que me visto...
Chove...
Curvo-me
e impregno
a unção de seiva pura
do manto que me dilui
em carícias coleantes...
Chove...
Verto-me
e escorro
as tintas de que sou feita,
em dolências de nuances
d' aguarela em tons de pele...
Chove...
Rendo-me
e dou-me
à liquidez da vontade,
que te oferto, ninfa emersa,
em sortilégio sagrado...