Depois do pôr-do-sol…

Logo que cai a noite,

cai também a solidão....

e eu peço ao coração

pra não chorar.

Passa o tempo (e como demora),

a saudade invade e quer me matar.

Matar uma esperança que não cansa de buscar,

no desejo da alma sozinha,

um abraço pra não chorar.

Os olhos verdes da noite que vai,

dando adeus às ilusões perdidas,

sonham não sonhar

e não se lembram das despedidas.

Incerteza do que será

não matou em mim o desejo

de ser pra sempre alguém

que é dona dos seus beijos.

Porém... não pude calar

quando apertou a dor da saudade

e as mãos geladas da noite me seguraram aqui.

Não pude ir te buscar

e fiquei olhando pro escuro,

vi a noite cair e se levantar,

vi o fruto verde e maduro.

Com isso ganhou o relógio, eu fiquei a esperar...

que o tempo passasse e... você...

viesse aqui me buscar.

Te amei depois do pôr-do-sol...