Acontece

De vez em quando digo ao coração

o que o olhar desejou ver

e dentro da alma acender

em estranha e viva sensação achada.

O que de nossos olhares cruza

vai ao horizonte silenciar elefantes

e acordar pulgões.

Trazidas do meu quarto há visões,

que as ruas cegas não acolhem

e então sonho com mares que me molhem

quando o desejo secar-me de tudo

e sendo madrugada já ...

profundamente eu durmo,

e nada mais eu acho!