Eternamente efêmero

Juntam-se os trapos,

Roupas e farrapos,

Revolução no roupeiro!

Duas escovas de dentes,

Mais acessórios e pentes

Dão alegria ao banheiro...

É um “Sei que vou te amar,

Minha vida te dedicar”,

Por entre beijos de paixão!...

Amor explodindo em frenesi,

Corpos suados, fora de si,

Doces delírios em turbilhão...

Pra eternidade é este amor,

Que nada, seja o que for

Será capaz de abalar!

Almas gêmeas que se unem,

Apaixonadas se fundem,

Pra vida inteira enfrentar...

Mas um dia (há sempre um dia)!

Outro alguém rouba a fantasia

Da eternidade desse amor...

Volúveis são os corações,

De curta dura as paixões,

Oh!Perjuras juras de amor!

Depois, é o déjà vu...

É um “Je ne t’aime plus”

Com fria determinação!

Agora me digam, doutores,

Como enfrentar os horrores,

Desses males do coração?

Luis C Nelson
Enviado por Luis C Nelson em 23/04/2009
Reeditado em 18/07/2009
Código do texto: T1554551