Eternamente efêmero
Juntam-se os trapos,
Roupas e farrapos,
Revolução no roupeiro!
Duas escovas de dentes,
Mais acessórios e pentes
Dão alegria ao banheiro...
É um “Sei que vou te amar,
Minha vida te dedicar”,
Por entre beijos de paixão!...
Amor explodindo em frenesi,
Corpos suados, fora de si,
Doces delírios em turbilhão...
Pra eternidade é este amor,
Que nada, seja o que for
Será capaz de abalar!
Almas gêmeas que se unem,
Apaixonadas se fundem,
Pra vida inteira enfrentar...
Mas um dia (há sempre um dia)!
Outro alguém rouba a fantasia
Da eternidade desse amor...
Volúveis são os corações,
De curta dura as paixões,
Oh!Perjuras juras de amor!
Depois, é o déjà vu...
É um “Je ne t’aime plus”
Com fria determinação!
Agora me digam, doutores,
Como enfrentar os horrores,
Desses males do coração?