NO ESPELHO OVAL
carmen l. fossari
A vaga música era poesia
O silêncio era de multidões
E todas elas habitavam a noite
Mais fria .
Eram ele
As multidões
Recortado
Aos prismas do espelho
Oval
Era fotografia antiga
E cinema
Era ainda sombra
Em névoa
Revisitado ao clarão
Da lamparina
Uma bailarina
Na ponta dos pés
Pulava em flocos de fogo
Apagaria o cigarro, mas...
Sorriu
Ela olhou por entre a fumaça
Tragou o mesmo cigarro
Virou dança e fogo
Fotografia e som
As bocas naufragaram as palavras
Por um beijo e outro
Mais e um
A vaga música era poesia
O silêncio era de multidões
E todas elas habitaram na noite
Ardente, a noite mais fria
De um inverno verão.
carmen l. fossari
A vaga música era poesia
O silêncio era de multidões
E todas elas habitavam a noite
Mais fria .
Eram ele
As multidões
Recortado
Aos prismas do espelho
Oval
Era fotografia antiga
E cinema
Era ainda sombra
Em névoa
Revisitado ao clarão
Da lamparina
Uma bailarina
Na ponta dos pés
Pulava em flocos de fogo
Apagaria o cigarro, mas...
Sorriu
Ela olhou por entre a fumaça
Tragou o mesmo cigarro
Virou dança e fogo
Fotografia e som
As bocas naufragaram as palavras
Por um beijo e outro
Mais e um
A vaga música era poesia
O silêncio era de multidões
E todas elas habitaram na noite
Ardente, a noite mais fria
De um inverno verão.