MEU TEMPO, EM TEMPO

Não sei mais do meu tempo.

Vejo através do espelho

embaçado pelo vapor dos anos

que amanheceram meus sonhos.

Foram estações, ensolaradas

e outras nebulosas,

que fizeram florescer alegrias

e chuver dissabores.

Não sei se o perdi ou se deixei por aí,

mas sei que os tive em meu poder.

Fez escola, com ele aprendi a tirar proveito,

sabendo-o curto, breve se não mínimo.

Com ele aprendi a dançar no compasso,

a reconhecer meu espaço em ponto vernal.

Hoje, trago sinais desse tempo,

semáforos da vida em mão e contra mão.

Se foram vagos não percebi,

mas duraram menos que pretendi.

Esse tempo chamado saudade,

faz arrepiar ao lembrar momentos

em que tudo foi possível de ser vivido.

O ontem não passou na mente, agora me é presente...

Suspiros, olhos marejados, um sorriso, um olhar distante...

A mente viaja revivo instantes

em que desejei que ele, o tempo, parasse.

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 23/04/2009
Reeditado em 10/01/2010
Código do texto: T1554448
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