NA BEIRADA DO CAIS
NA BEIRADA DO CAIS
Embarcado o poema,
o mar diz ‘nunca mais’...
Solto ou não as amarras
toco ou não meus navios
para longe do cais...
Desembarco o poema,
o mar cala os meus ais...
Assim deixo a saudade
rebocar meus navios
para perto do cais...
Feliz é a hora desmarcada
de pena da dor embarcada
n adeus da beirada do cais.
Afonso Estebanez