‘DOCEPOEMA’: UM TRIBUTO A CORA CORALINA

‘DOCEPOEMA’:

UM TRIBUTO A CORA CORALINA

Eu sou o amor fiel das coisas simples

das conversas da brisa com a aurora.

Os realces dos brilhos sem requintes

que há nos rubis dos brincos

das amoras...

E eu sou a flor servil daqueles pomos

que saciam os sonhos das quimeras,

os frutos de verão dos meus outonos

entre o último estio

e as primaveras...

Guardo no corpo de jardins agrestes

as linhas de um poema à flor da pele

escrito pelas mãos do amor silvestre

para que em mim o amor

mais se revele...

Fiz com saudade a ponte da subida

deixei rosas na encosta das colinas.

Com coisas simples confeitei a vida

na doce lida de ser

Cora Coralina...

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 22/04/2009
Código do texto: T1554254
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