ALIMENTO-TE
Minha língua adoçou seu coração,
Meus olhos penetraram no teu ventre
E te fez sentir um frio na barriga
Que esquentou tuas veias,
Veias sendo estradas de sangue
Cor de vinho e calor de velas...
Teu sorriso é mel para minha antipatia,
Tua fala é música para minha impaciência...
... No meu corpo quero o teu seio,
Quero a gente na gente...
Desejo louvores de clemências
Às nossas cabeças que da gente não sai da gente!
Digo em poesia que
Nossas conversas,
Mesmo sem palavras
E só olhares,
São sempre poemas!
Em ti me destruo e reconstruo-me sendo eu mesmo.
Um ser que não sabia existir!
Que venhas e coma-me...
Que mesmo morrendo de fome de ti,
Eu te alimentarei!