Aos meus velhos amores.

Eu tenho os olhos de papai

A cintura e a alegância de mamãe

Do papai também tenho as poucas palavras.

De mamãe a pele bronzeada, morena!

Tenho de papai a coragem pra luta

e de mamãe não é diferente

De mamâe também trago a prece e a boa conduta.

papai e eu somos dados aos versos

Mamãe e eu somos pura música.

India, é a sua canção predileta!

papai apesar de idoso

É enorme , um colosso, Quase um monumento.

E mamãe com seus cabelos brancos, já disfarçados de tinta

é como criança, rí a todo momento!

Das lembranças que guardo com imenso zêlo

É dele me ajudando a fazer a lição

E de mamãe cantarolando ao fazer macarrão.

Eu recordo também de mamãe costurando

Com tantas lindas fazendas.

E de papai esperançoso, conferindo o jogo da loteria.

trago também no peito o desenho

perfeito de uma grande família

Eu e meus quatro irmãos

Fazendo a oração antes se de tocar na comida!

A ave maria eu não lembro mais

O pai nosso e o ato de contrição

que aprendi junto com os dez mandamentos cristãos.

Foi uma época de tanta luta, economia na feira

E mãos calejadas que esperavam a gorjeta

Pra nos dá comida!

Mas de tudo o que melhor que fica

É agora o descanso de seus passos lentos!

A famíia cresceu e já temos filhos e filhas

E eu agradeço a Deus

Ter meus velhos comigo!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 22/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
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